HOME FEEDBACK

Como Europa está se armando para declarar 'independência' dos EUA e de onde vem o dinheiro

A Europa intensifica investimentos em defesa em resposta à mudança na estratégia militar dos EUA, com líderes locais propondo fundos que somam bilhões de euros. A crise na Ucrânia e a crescente ameaça russa são catalisadores para essa nova abordagem.

A Europa enfrenta uma "corrida armamentista" devido à crise na Otan, impulsionada pela nova estratégia dos EUA sob Donald Trump. Desde a Segunda Guerra Mundial, a segurança europeia foi sustentada pelos EUA, que financiam 64% dos custos da Otan.

Após declarações de Trump, líderes europeus anunciaram aumentos nos gastos com defesa, especialmente em resposta à guerra da Ucrânia.

A Comissão Europeia propôs um fundo de 150 bilhões de euros para rearmar os países do bloco, exceto o Reino Unido, em meio ao aumento da ameaça russa.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, distorceu a unidade europeia ao não apoiar a declaração sobre a Ucrânia, refletindo seu alinhamento com Trump e Putin.

Em um encontro próximo, EUA e Ucrânia discutirão formas de encerrar o conflito com a Rússia.

Friedrich Merz, futuro chanceler da Alemanha, anunciou planos para gastos militares significativamente aumentados e a necessidade de a Europa se tornar mais independente defensivamente. Ele citou um fundo especial de 500 bilhões de euros para infraestrutura e defendeu isenções orçamentárias para gastos em defesa.

O presidente francês, Emmanuel Macron, também se pronunciou, defendendo um aumento de gastos militares devido à crescente ameaça russa, propondo que os países europeus gastem entre 3% e 3,5% do PIB em defesa.

O Reino Unido, liderado por Keir Starmer, planeja aumentar seus gastos de defesa em 2,6% do PIB até 2027, em detrimento do orçamento de ajuda humanitária.

Analistas sugerem que, para enfrentar a Rússia, a Europa precisaria investir cerca de 250 bilhões de euros por ano e aumentar suas forças militares drasticamente.

Financiamento com dívida, e não cortes em outros setores, é recomendado para aumentar os gastos com defesa. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou a Europa pronta para um rearmamento significativo.

Leia mais em folha