Como ficam os juros em 2026? Depende do ritmo de expansão fiscal, dizem economistas
Discussões sobre a taxa de juros e a inflação projetam cenários variados para a economia brasileira até 2026. O comportamento dos gastos públicos e a política monetária serão cruciais para o crescimento do PIB e a estabilidade fiscal.
Manutenção da Taxa de Juros
O Copom manteve a taxa de juros em 15% na última reunião, impactando as expectativas de cortes, previstos para dezembro ou o primeiro trimestre de 2024.
Projeções para a Selic e PIB
Um estudo da Outpod projeta que a Selic pode chegar a 9,5% em cenário otimista ou acima de 12% em cenário pessimista até 2026, dependendo dos gastos do governo.
O crescimento do PIB pode variar de 1% a 4%, com risco de recessão em 2027.
Impactos da Política Fiscal
O aumento de gastos governamentais, como benefícios federais e incorporação do salário-mínimo, pressiona a inflação e os preços. A arrecadação, através do IOF, tem sido a alternativa do governo.
Dívida Bruta e Projeções de Inflação
A dívida bruta está projetada para 84% do PIB, com possibilidade de alcançar 85% devido a aumentos de gastos.
Inflação prevista entre 5% e 5,5% no cenário base e 6% a 6,5% no pessimista, limitando o espaço para cortes de juros.
Desafios do Banco Central
O BC pode precisar manter juros altos para equilibrar choques externos, como tarifas sobre exportações, e a pressão interna da expansão fiscal.
Perspectivas Futuras
Se não forem implementadas correções fiscais significativas, a inflação poderá persistir até 2037, exigindo um novo ciclo de aperto monetário e comprometendo o crescimento econômico.
O custo de uma política fiscal expansionista impacta a curva de juros, que se encontra elevada, exigindo sinais de sustentabilidade fiscal para redução.