Como Israel consegue manter tantas frentes de guerra pelo mundo
Israel se vê desafiado a sustentar múltiplas guerras simultâneas, revelando sérios custos militares e sociais. O apoio político à campanha contra o Irã permanece forte, mas a pressão econômica e os desgastes nas forças armadas levantam dúvidas sobre a continuidade desse esforço.
Israel enfrenta cinco frentes de guerra: Gaza, Líbano, Síria, Iêmen e Irã.
Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, Israel mobilizou seu Exército com conflitos em várias regiões. A resposta contra o Hezbollah no norte e os houthis no Iêmen intensificou as hostilidades.
Além disso, Israel busca expandir seu controle na Síria e considera o Irã sua principal ameaça. Iniciado em junho, um conflito aberto entre Israel e Irã aumentou a pressão militar.
Forças Armadas robustas: Israel possui um dos exércitos mais sofisticados do mundo, com um orçamento militar de US$ 46,5 bilhões em 2024, o maior desde 1967.
Defesa aérea eficaz: O sistema de defesa em camadas, como o Domo de Ferro, intercepta mísseis com eficácia de mais de 90%, mas houve falhas recentes com ataques iranianos resultando em mortes.
A capacidade de Israel sustentar várias frentes pode ser prejudicada por dois fatores: efetivo militar e munição, com dependência de suprimentos dos EUA.
Reservistas em desgaste: Israel mobilizou 450 mil reservistas desde outubro, causando impactos sociais e econômicos.
Apoio político: Apesar da pressão, Netanyahu mantém apoio entre os eleitores e líderes da oposição em sua campanha contra o Irã.
Custo da guerra: A guerra com o Irã gera despesas de US$ 750 milhões por dia, enquanto a guerra em Gaza alcançou US$ 67,5 bilhões.
Conclusão: Apesar da pressão econômica, Israel acredita que pode manter seu nível de gastos enquanto considerar a ameaça existencial do Irã.