Como Israel enganou os Estados Unidos sobre seu programa nuclear
A história do programa nuclear do Irã é marcada por tentativas de contenção e desconfiança, mas revela também como Israel manipulou informações para encobrir seu próprio desenvolvimento de armas nucleares. O panorama aponta para a complexidade da proliferação nuclear no Oriente Médio e os desafios enfrentados pelos EUA em manter a estabilidade na região.
Trump, Obama e Bush reafirmam que o Irã não pode ter armas nucleares, desde a revelação do programa de enriquecimento de urânio em 2002.
O Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) desde 1970, comprometendo-se a não desenvolver armas atômicas. Contudo, um esforço secreto começou em 1979.
O acordo de 2015 impôs restrições ao Irã, mas Trump retirou os EUA em 2018 e realizou bombardeios em 21 de junho de 2025, unindo-se a Israel contra infraestruturas iranianas.
Israel, por sua vez, seguiu um caminho de dissimulação nuclear, desenvolvendo armas nucleares secretamente desde os anos 1950, com a ajuda da França e da Noruega.
O reator de Dimona foi construído sob um acordo secreto que permitiu a Israel evitar inspeções internacionais, enquanto enganava autoridades americanas quanto às suas intenções nucleares.
A CIA concluiu em 1968 que Israel já possuía armas nucleares. Acordos secretos entre Nixon e Meir garantiram que Israel não testaria oficialmente seu arsenal.
A aceitação do arsenal israelense reforça as acusações de duplo padrão no Oriente Médio, enquanto o Irã, cercado por potências nucleares, continua buscando segurança.