Como Israel usou experimentos com IA para conseguir vantagens na guerra em Gaza
Israel implementa tecnologia de inteligência artificial em seu arsenal militar para localizar e eliminar lideranças do Hamas, resultando em vítimas civis. Apesar dos avanços, especialistas alertam sobre as implicações éticas e os riscos de erros nessa nova abordagem.
Israel desenvolve IA para combate no Gaza.
No final de 2023, Israel buscava assassinar Ibrahim Biari, um comandante do Hamas, vital para os ataques de 7 de outubro. Porém, sua localização era desconhecida, pois acreditava-se que ele estava escondido em túneis sob Gaza.
Utilizando novos recursos de inteligência artificial (IA), a Unidade 8200 de Israel aprimorou uma tecnologia que nunca fora usada em combate. Com isso, Israel conseguiu interceptar telefonemas de Biari e localizá-lo, resultando em um ataque aéreo em 31 de outubro que o matou, além de resultar em mais de 125 civis mortos, conforme a Airwars.
A IA foi aplicada em diversas áreas, como reconhecimento facial e análise de dados de comunicação. Parcerias entre soldados da Unidade 8200 e empresas como Google e Microsoft aceleraram inovações. Contudo, o uso de IA levantou preocupações éticas, resultando em prisões equivocados e mortes de civis.
A porta-voz das Forças Armadas de Israel indicou que não poderia comentar sobre tecnologias específicas devido a sua confidencialidade. A declaração reafirmou o compromisso com o uso responsável dessas ferramentas.
A IA é descrita como um divisor de águas no campo de batalha. O uso de drones e algoritmos avançados permitiu a localização de alvos mais efetivamente, mas com riscos associados a erros de identificação.
A geração de uma ferramenta de linguagem em árabe, usada para analisar reações a eventos significativos, ilustra como Israel aproveitou dados históricos para melhorar suas tecnologias. Apesar dos avanços, ocorreram falhas, como a incapacidade de identificar gírias e erros de retorno em análises visuais.
Após o ataque de 7 de outubro, Israel intensificou o uso de tecnologias de vigilância, incluindo sistemas de reconhecimento facial que enfrentaram problemas em identificar palestinos corretamente. Um algoritmo, conhecido como “Lavender”, foi introduzido para classificar militantes e auxiliar em ações de combate.
Objetivo prioritário: a eliminação de Biari, que, segundo Israel, foi central na planificação dos ataques do Hamas. Após localizá-lo, as operações de Israel se solidificaram com a combinação de diversas ferramentas tecnológicas e inteligência militar.