Como Itália, Reino Unido e Portugal estão restringindo nacionalidade, cidadania e imigração
Mudanças nas regras de imigração visam restringir a entrada de estrangeiros, priorizando vínculos efetivos com os países. Itália, Reino Unido e Portugal adotam medidas que dificultam a obtenção de cidadania e vistos.
Governos europeus implementam mudanças severas nas regras de imigração.
Nos últimos meses, Itália e Reino Unido anunciaram novas regulações para a obtenção de vistos, residência e cidadania. O governo português também planeja discutir propostas após as eleições de domingo (18).
No Reino Unido, o premiê Keir Starmer se comprometeu a reduzir "significativamente" a imigração. Enquanto isso, a Itália pretende evitar abusos, como a "comercialização de passaportes". Em março, o vice-primeiro-ministro Antonio Tajani destacou mudanças nas regras de cidadania italiana, visando limitar a elegibilidade. Agora, apenas pessoas com um dos pais ou avós nascidos na Itália poderão solicitar a cidadania.
Novas regras da Itália:
- Pessoas nascidas fora da Itália são consideradas cidadãs apenas por duas gerações.
- Indivíduos devem manter vínculos com a Itália a cada 25 anos.
- Registro de certidão de nascimento requerido até 25 anos.
- Filhos de cidadãos italianos nascidos fora da Itália precisam residir na Itália por 2 anos para aquisição da cidadania.
- O processo de aquisição de documentos será centralizado em um escritório em Roma.
O movimento de imigração no Reino Unido quadruplicou entre 2019 e 2023, com foco em trabalhadores qualificados. O governo apresentou um projeto de lei ao parlamento para modificar os critérios de concessão de vistos.
Portugal estuda mudar suas regras de cidadania, aumentando o prazo de residência para 10 anos. Isso pode afetar muitos brasileiros no país. Além disso, 18 mil imigrantes em situação ilegal foram notificados a deixar Portugal, após pedidos de residência serem negados pelo Aíma.