Como Marco Rubio passou de crítico a principal secretário de Trump
Demitido após 37 anos, John Dinkelman critica as mudanças drásticas no Departamento de Estado sob Marco Rubio. A redução histórica de funcionários levanta preocupações sobre a eficácia da diplomacia americana e a liderança global dos EUA.
Demissões massivas no Departamento de Estado dos EUA: Em 11 de julho, John Dinkelman, diplomata com 37 anos de serviço, recebeu um e-mail informando sua demissão. Ele estava entre os 246 funcionários do serviço exterior e 1.107 servidores públicos dispensados em uma drástica reestruturação, considerada sem precedentes.
Dinkelman criticou a decisão, afirmando: "Destruir esta força de trabalho é como demitir seus soldados no meio de uma guerra". O responsável pelas demissões é o secretário de Estado Marco Rubio, cujas ações surpreenderam analistas e colegas que viam nele um defensor dos direitos humanos e da diplomacia.
A transformação de Rubio reflete a mudança da política externa dos EUA sob o presidente Donald Trump, priorizando o isolacionismo e a agenda populista de direita. Enquanto senador, Rubio era a favor de ajuda externa e defesa da democracia, mas agora apoia o fechamento da Usaid e a diminuição do papel dos EUA em instituições multilaterais.
Críticos acusam Rubio de oportunismo político, sugerindo que ele abandonou seus princípios para seguir a base do MAGA e do sentimento anti-establishment. Entretanto, aliados defendem que ele permanece fiel a seus valores, influenciando uma postura mais assertiva em relação a potências como China e Irã.
Rubio consolidou seu poder dentro do governo, exercendo funções como conselheiro de segurança nacional e administrador da Usaid. Seu suporte ao governo inclui a realização de acordos internacionais, como a trégua entre Índia e Paquistão, mas suas políticas têm gerado controvérsias, como o fechamento de programas de reassentamento de refugiados e a revogação de vistos de estudantes.
A ironia reside na mudança da ideologia por trás das intervenções dos EUA, sem controle sobre ações globais. A comunidade diplomática expressou desapontamento com a liderança de Rubio, afirmando que não defendeu adequadamente os interesses do Departamento de Estado e seus profissionais experientes.