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Como o Brasil pode ser afetado pelas tarifas recíprocas de Trump?

O aumento das tarifas propostas por Trump provoca apreensão no Brasil, que é um dos principais parceiros comerciais dos EUA. Economistas alertam para possíveis impactos negativos nas exportações e na inflação local.

Mercado enfrenta aversão a risco após declarações de Donald Trump sobre tarifas recíprocas abrangendo todos os países.

Trump planeja um anúncio, denominado “Dia da Libertação”, prevendo tarifas que provocam temores de guerra comercial global e potencial recessão.

Ele mencionou que as tarifas afetarão países como Brasil, União Europeia, China, México, e Canadá, ressaltando que as tarifas entrariam em vigor no dia 2 de abril.

O Brasil, segundo o Bradesco, é o segundo maior parceiro comercial dos EUA, com 12% das exportações brasileiras destinadas a eles. Os principais produtos exportados incluem óleos, aço, aeronaves e café.

As tarifas médias atuais do Brasil sobre importações dos EUA são de 11,3%, enquanto as dos EUA sobre produtos brasileiros são de apenas 2,2%.

O Bradesco analisou três cenários hipotéticos de tarifas:

  • 1º cenário: reciprocidade nas tarifas, resultando em redução de US$ 2 bilhões nas exportações brasileiras.
  • 2º cenário: aumento de tarifas para 25%, com perda de US$ 6,5 bilhões nas exportações.
  • 3º cenário: retaliação do Brasil, levando a uma redução de US$ 4,5 bilhões nas importações.

A Câmara Americana de Comércio para o Brasil alertou que tarifas adicionais podem prejudicar as empresas dos EUA, pois o Brasil tem um superávit comercial significativo com eles.

Além disso, estudos indicaram que 86% das importações brasileiras enfrentam barreiras não tarifárias. O economista-chefe da XP destacou que o Brasil tem tarifas de importação elevadas, o que pode torná-lo um alvo na política comercial dos EUA.

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