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Como o Brasil poderia retaliar os EUA após tarifas de Trump

Lula planeja formar um grupo empresarial para avaliar o impacto das novas tarifas e buscar alternativas para as exportações brasileiras. O governo também considera uma respondê-los por meio da Lei de Reciprocidade Econômica.

Trump e Lula se preparam para diálogo sobre tarifação de produtos brasileiros exportados para os EUA, que receberão uma taxação adicional de 50% a partir de 1º de agosto.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, planeja formar um grupo de empresários de setores como suco de laranja e aço para diagnosticar as consequências das novas tarifas e buscar soluções, incluindo novos mercados.

Lula mencionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a possibilidade de uma lei de reciprocidade como respostas ao aumento das tarifas. Essa lei permite retaliações contra países que impõem barreiras comerciais ao Brasil.

Entre as medidas de retaliação estão:

  • Imposição de tarifas similares a produtos americanos.
  • Suspensão de acordos comerciais.
  • Consultas diplomáticas.

O especialista em relações Brasil-EUA, Carlos Gustavo Poggio, enfatiza que uma resposta direta pode ser apenas simbólica, com consequências prejudiciais ao Brasil. Ele sugere buscar apoio de parlamentares e empresários americanos para pressionar Trump.

A nova tarifa, que representa um aumento significativo em relação aos 10% anteriores, afeta produtos como aço, petróleo, aeronaves e suco de laranja. Embora o Brasil possa redirecionar exportações para a China, a diversificação com os EUA é mais vantajosa.

Além disso, Lula contestou o suposto déficit comercial que Trump menciona, afirmando que dados mostram superávit para os EUA. As justificativas do presidente americano também tocam em questões políticas, ligando-se à situação de Jair Bolsonaro.

A decisão de Trump foi vista como uma manobra política e levou o Brasil a convocar o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA para esclarecimentos, uma ação considerada séria nas relações internacionais.

Poggio descreve a situação como um dos pontos mais baixos nas relações Brasil-EUA, considerando as ações de Trump como sanções ao Brasil, comparáveis às impostas a países como Irã e Venezuela.

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