Como o Departamento do Trabalho dos EUA coleta os dados que Trump chamou de manipulados
A demissão de Erika McEntarfer levanta preocupações sobre a confiabilidade dos dados do Bureau of Labor Statistics. Especialistas alertam que a agitação interna pode afetar a participação nas pesquisas, comprometendo a precisão das informações econômicas.
Donald Trump criticou o Departamento do Trabalho dos EUA após a revisão de um relatório federal de empregos, que revelou uma situação econômica mais desfavorável do que a relatada anteriormente.
O presidente ordenou a demissão de Erika McEntarfer, líder de estatísticas do Bureau of Labor Statistics (BLS), após a revisão mostrar uma queda de 250 mil empregos nos meses de maio e junho.
Trump alegou, sem evidências, que os dados foram manipulados para fins políticos, referindo-se aos números como "falsificados". McEntarfer, nomeada por Joe Biden, defendeu o trabalho do BLS em um e-mail à equipe, destacando a importância dos dados econômicos.
O BLS coleta informações sobre salários, produtividade e emprego por meio de pesquisas, sendo amplamente utilizado por governos e empresas para decisões econômicas. Ex-comissários afirmaram que as demissões são infundadas e que a manipulação de dados é improvável, mas uma perda de confiança pública pode resultar em menos respostas a pesquisas e dados menos precisos.
As revisões de dados de empregos, embora comuns, mostraram uma realidade econômica mais sombria. Katharine Abraham, ex-comissária do BLS, reforçou a credibilidade dos dados e alertou que a confiança na agência é crucial para a precisão das pesquisas.