Como o Grupo Wine consolidou sua liderança nacional com novo foco em rentabilidade
Grupo Wine muda foco estratégico para rentabilidade sob nova liderança de Alexandre Magno. Com resultados históricos, empresa busca fortalecer a saúde financeira enquanto planeja expansão internacional.
Alexandre Magno assumiu como CEO do Grupo Wine em novembro de 2024, em um cenário econômico difícil, com juros altos e câmbio volátil.
Seu foco inicial foi priorizar a rentabilidade em vez da expansão. Em entrevista à Bloomberg Línea, Magno ressaltou que a geração de caixa e a saúde financeira seriam cruciais.
O novo plano bianual (2025–2026) reflete essa mudança e já gera resultados positivos:
- Melhor Ebitda da história: R$ 45,5 milhões.
- Lucro líquido cresceu 107,8% para R$ 15,9 milhões.
- Faturamento mantém-se em R$ 362 milhões, com leve alta de 0,1%.
- Margem bruta aumentou para 47,9%.
A companhia reverteu prejuízo acumulado de R$ 12,8 milhões para um lucro de R$ 14,3 milhões em 2024. A margem Ebitda atingiu 21,7%.
As melhorias foram impulsionadas por:
- Ajustes na política comercial e precificação.
- Redução de 14,9% nas despesas com vendas.
- Foco em disciplina de preços e investimento em marketing eficaz.
Embora a prioridade seja a rentabilidade, Magno descartou planos de IPO no médio prazo, citando a falta de uma janela viável no mercado. Ele afirmou que, no futuro, o foco dos investidores será em geração de caixa.
No contexto global, o consumo de vinho enfrenta pressões, o que pode beneficiar o Brasil. Magno disse que produtores europeus buscam oportunidades na Wine, especialmente após a esperada concretização do acordo Brasil-União Europeia.
A expansão internacional do Grupo Wine foca inicialmente no México, onde pretende aumentar sua operação, que atualmente representa 3% do faturamento, podendo chegar a 25% em cinco anos.
Magno também monitora oportunidades em outros mercados da América Latina, Leste Europeu e Sudeste Asiático para futuras expansões.