Como o mercado de ações dos EUA está reagindo ao tarifaço de Trump?

Morgan Stanley avalia que o mercado de ações dos EUA mostra resiliência apesar de tarifas recentes.

Os principais riscos comerciais estão concentrados em:

• China
• Revogação da isenção do USMCA (acordo EUA, México e Canadá)
• Tarifas da Seção 232

Fatores que sustentam a resiliência:

• A exposição aos custos de importação para setores do S&P 500 é limitada.
• As tarifas recentes são vistas como provisórias devido a negociações em andamento.
• Ações sensíveis a tarifas já sofreram quedas superiores a 25%.

O maior risco para os índices acionários seria um aumento expressivo das tarifas sobre produtos da China, impactando setores com mais de 10% de dependência de importações.

O segundo risco seria a revogação da isenção do USMCA, que elevaria tarifas sobre bens importados.

A instituição também alerta para riscos de tarifas da Seção 232 sobre semicondutores, essenciais nas cadeias de suprimento dos EUA.

O novo projeto de lei tributária é avaliado como positivo, com potencial para reduzir a alíquota efetiva de imposto de 20% para 13%.

Mecanismos destacados incluem:

• Dedução antecipada de P&D, beneficiando Tecnologia e Saúde.
• Depreciação acelerada em setores intensivos em capital.
• Incentivos fiscais para rendimentos intangíveis de origem estrangeira (FDII).

A melhora nas revisões de lucros é um fator crucial, com um avanço de 3% após queda de 25% em abril.

Morgan Stanley recomenda exposição acima da média no setor financeiro, que apresentou a maior melhoria nas revisões de lucros.

O banco mantém uma visão positiva sobre o setor industrial, notando que a dispersão nas revisões de lucros favorece a seleção de ações durante a divulgação de resultados.