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Como o mercado deve reagir ao aumento da Selic para 15,% a.a.?

Copom eleva a Selic para 15% a.a. e sinaliza disposição para novos aumentos conforme necessário. Análise aponta impacto positivo na confiança do mercado e expectativa de valorização do real em meio a incertezas globais.

Copom eleva Selic para 15%, aumentando a taxa de 14,75% a.a. para 15% a.a., uma decisão não consensual no mercado.

O comunicado do Copom destacou a preocupação com a inflação e três pontos importantes:

  • Balanço de riscos desfavorável.
  • Interrupção do ciclo de alta para avaliar os efeitos do aperto monetário.
  • Possibilidade de retomar altas se necessário.

Roberto Padovani, do banco BV, acredita que a decisão pode ser bem recebida pelos mercados, pois demonstra o compromisso do BC com a estabilidade econômica.

Pablo Spyer, conselheiro da Ancord, enfatiza a importância da disciplina macroeconômica e da confiança dos investidores.

Marcio Saito, CFO da Entrepay, prevê ajustes moderados no mercado com leve queda nos juros futuros e uma valorização do real. Alguns analistas avaliam que a Selic de 15% poderá impactar o mercado de câmbio.

Paulo Gala, economista do Banco Master, alerta para o diferencial de juros entre o Brasil e os EUA, que pode fortalecer o real. Serrano, do Bmg, acredita que o real tem potencial de valorização contínua.

O Copom também antecipou a intenção de manter a taxa na próxima reunião em julho, deixando a opção para mais aumentos no futuro.

No mercado de DIs, espera-se que as taxas dos contratos de curto e médio prazo subam na sexta-feira, com os contratos até janeiro de 2027 apresentando elevações. Flavio Serrano projeta ajustes que podem antecipar cortes da Selic para 2026, não mais para o final de 2025.

Ian Lima, da Inter Asset, aponta que os contratos mais longos podem ver quedas menores ou altas não tão acentuadas, dependendo do cenário externo e das questões fiscais.

Fábio Kanczuk acredita que a curva de juros deve se calibrar para cima, enquanto a parte longa pode cair devido à expectativa de redução futura dos juros.

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