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Como o movimento de rearmamento vai remodelar a economia global

O aumento nos gastos com defesa implica em desafios econômicos significativos, pressionando as finanças públicas e potencialmente reduzindo investimentos sociais. Especialistas alertam que os benefícios prometidos podem ser ilusórios diante da complexidade da modernização militar.

Os países ricos iniciam uma nova era de rearmamento em massa, impulsionados pelas guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, além de outras ameaças. A OTAN estabeleceu uma meta de gastos militares de 3,5% do PIB até 2035, com um custo adicional de US$ 800 bilhões ao ano.

Esse aumento de gastos se estende a outros países, como Israel e Japão, com impactos significativos na economia global. Entretanto, os argumentos políticos sobre benefícios econômicos são questionáveis. Os principais efeitos são:

  • Pressão nas finanças públicas: cortes em gastos sociais devido a dívidas altas e aumento de taxas de juros.
  • Impacto limitado para o emprego: o rearmamento pode criar 500 mil empregos, insignificante em comparação aos 30 milhões de trabalhadores da indústria da UE.
  • Deslocamento da demanda: a produção de defesa é altamente especializada e automatizada.

A pesquisa e desenvolvimento na área de defesa pode gerar inovações, mas deve ser gerido eficientemente. A duplicação de esforços entre países da UE, como diferentes tipos de tanques, resulta em desperdício e diminui a eficácia militar.

Os governos devem ser transparentes quanto ao uso de recursos e evitar que o aumento dos gastos com defesa resulte em cortes sociais. Um planejamento eficiente é crucial para que o rearmamento não comprometa a segurança e a economia.

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