HOME FEEDBACK

Como o ouro se tornou o principal investimento de refúgio do mundo em 2025

Ouro se destaca como o principal ativo seguro no primeiro semestre de 2023, com aumento de 25,86% no preço. A crescente procura por reservas de ouro pelos bancos centrais indica uma tendência de valorização contínua do metal precioso.

Ouro se destaca como refúgio seguro no primeiro semestre de 2023. O metal precioso superou o franco suíço, o iene japonês e os títulos do Tesouro dos EUA, com a demanda dos bancos centrais impulsionando seu valor.

Uma pesquisa do World Gold Council revela que 43% dos banqueiros centrais aumentaram suas reservas de ouro, com 95% prevendo crescimento nas reservas nos próximos 12 meses. Os principais motivos incluem a diversificação e proteção em crises e inflação.

Entre janeiro e junho, a onça de ouro subiu 25,86%, de US$ 2.624,50 para US$ 3.303,14.

Em comparação, o franco suíço subiu 14,41% e o iene japonês 9,14%. Já a taxa do Tesouro de 10 anos teve uma compressão de apenas 4%.

Jorge Angel Harker, analista da Adcap, destaca a crescente desconfiança nas moedas fiduciárias desde a crise de 2008, levando os investidores a alternativas como bitcoin e ethereum.

Ouro, considerado durante anos como uma “pedra de estimação”, tornou-se valioso novamente, especialmente após a guerra na Ucrânia. Países como a China começaram a desfazer títulos ocidentais em favor do ouro.

Sobre o franco suíço, Harker menciona sua imagem de porto seguro, enquanto o iene japonês enfrenta sérios problemas por causa de dívidas excessivas.

Ignacio Mieres, da XTB Latam, atribui a recuperação do ouro à instabilidade econômica global, com os bancos centrais redirecionando suas demandas para ativos reais.

Daan Struyven, do Goldman Sachs, observa que os riscos geopolíticos têm gerado alta volatilidade nos mercados de commodities. Ele acredita que os bancos centrais diversificando suas reservas provocarão um aumento significativo no preço do ouro, dado que o mercado de ouro é muito menor que os mercados tradicionais.

Leia mais em bloomberg