Como o resultado da inflação de abril vai influenciar as decisões do BC? Analistas respondem
Apesar da desaceleração do IPCA em abril, economistas alertam para pressões inflacionárias persistentes, especialmente em serviços e alimentos. A inflação acumulada em 12 meses permanece acima da meta do Banco Central, indicando desafios na política de juros.
Inflação desacelera para 0,43% em abril, abaixo dos 0,56% de março, segundo o IBGE.
Apesar da queda, economistas alertam para pressões inflacionárias, especialmente nos preços de serviços e o aumento de reajustes.
A inflação acumulada em um ano chegou a 5,53%, acima da meta de 3% do Banco Central e do teto de 4,5%.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em abril. O grupo Alimentos e Bebidas subiu 0,82%, embora com impacto menor do que em março.
Produtos farmacêuticos aumentaram 2,32%, após autorização de reajustar medicamentos.
Itens com deflação:
- Carnes: -0,08%
- Arroz: -4,19%
- Ovo: -1,29%
- Cenoura: -10,4%
O grupo Transportes registrou queda de 0,38%, com combustíveis mais baratos.
A Selic subiu para 14,75%% ao ano, e analistas expressam preocupação com a persistência das pressões inflacionárias.
Índice de difusão para alimentos subiu para 70%%, indicando maior disseminação dos aumentos.
Os preços de serviços aumentaram 0,2% em abril, acumulando 6,03%% em 12 meses, superando o teto da meta.
Analistas afirmam que a inflação de serviços reage mais à política de juros, e sua resistência dificulta a redução da taxa Selic.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se mostrou confiante na trajetória da inflação, prevendo um ano melhor que as projeções atuais.