Como os 3 papas africanos mudaram o cristianismo e por que nunca mais houve um
Após a morte do papa Francisco, a possibilidade de um novo líder católico da África está em pauta. Três candidatos africanos se destacam, enquanto a história revela a influência de papas do continente na formação da Igreja.
Após a morte do Papa Francisco, especulações surgem sobre seu sucessor, possivelmente africano.
Três nomes estão em destaque: Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo), Peter Kodwo Appiah Turkson (Gana) e Robert Sarah (Guiné).
A história da Igreja Católica inclui três papas africanos conhecidos, todos de origem norte-africana, o mais recente há mais de 1.500 anos, durante um tempo em que o cristianismo era forte na região.
Victor 1º, com origem berbere, estabeleceu a celebração da Páscoa no domingo e convocou o primeiro Sínodo de Roma para resolver questões controversas. Melquíades, o primeiro papa a ter residência oficial em um palácio, beneficiou-se da aceitação crescente do cristianismo pelos imperadores romanos.
Gelasius 1º, considerado o mais importante dos três, introduziu a "Doutrina das Duas Espadas", que estabelece a superioridade da Igreja sobre o Estado, e é creditado pela criação do St Valentine's Day.
A África Romana era multicultural e os habitantes se identificavam como romanos, não por etnias específicas. No total, acredita-se que não houve novos papas africanos após Gelasius 1º devido a fatores como a queda do Império Romano.
Com 281 milhões de católicos, a África representa 20% da congregação mundial. O crescimento do catolicismo na África Subsaariana sugere que um papa africano pode não ser uma possibilidade distante.
Contudo, enquanto o poder da Igreja ainda reside no Norte, o futuro pode trazer mudanças significativas.