Como os 3 papas africanos mudaram o cristianismo – e por que nunca mais houve um
A especulação sobre a escolha de um novo papa destaca a possibilidade de um líder africano, com três candidatos em potencial já mencionados. A história da Igreja Católica revela que, apesar da importância histórica dos papas africanos, sua presença foi rara nos últimos séculos.
A morte do papa Francisco suscita especulações sobre um potencial sucessor africano. Os nomes na corrida incluem:
- Fridolin Ambongo Besungu - República do Congo
- Peter Kodwo Appiah Turkson - Gana
- Robert Sarah - Guiné
Historicamente, três papas africanos já lideraram a Igreja, todos de origem norte-africana:
- Victor I (189-199 d.C): Estabeleceu a celebração da Páscoa no domingo e introduziu o latim como língua comum da Igreja.
- Melquíades (311-314 d.C): Beneficiou-se da aceitação do cristianismo no Império Romano e construiu a Basílica de Latrão.
- Gelasius I (492-496 d.C): Primeiro a ser chamado de "Vigário de Cristo" e desenvolveu a 'Doutrina das Duas Espadas'. Estabeleceu o Dia de São Valentim.
A aparência desses papas é incerta, conforme o contexto étnico da época, que não se definia pela cor da pele. A comunidade africana no Império Romano era multicultural.
Desde Gelasius I, não houve outro papa africano, principalmente devido ao declínio da Igreja na África do Norte e à crescente dominância italiana na seleção de papas.
Atualmente, a África Subsaariana registra 281 milhões de católicos, representando 20% da congregação mundial, mas a liderança e recursos da Igreja ainda predominam no Norte. Especialistas acreditam que a crescente força do cristianismo na África poderia um dia resultar na eleição de um papa africano.