Como os EUA ajudaram a criar o programa nuclear do Irã há mais de meio século
O programa nuclear do Irã, iniciado com o apoio dos EUA na década de 1950, continua a provocar tensões geopolíticas. Os ataques recentes de Israel e EUA acrescentam um novo capítulo a essa complexa saga de proliferação nuclear.
Programa nuclear do Irã: questão central na geopolítica global há 20 anos.
A descoberta, em 2003, de um programa nuclear secreto iraniano, violando o Tratado de Não Proliferação, levou a sanções e condenações internacionais.
Ex-presidentes dos EUA abordaram a questão com diferentes estratégias:
- George W. Bush: Incluiu o Irã no "eixo do mal" e exigiu sanções.
- Barack Obama: Negociou o JCPOA em 2015 para controlar o programa em troca de alívio nas sanções.
- Donald Trump: Retirou-se do JCPOA e intensificou sanções, levando o Irã a acelerar o enriquecimento de urânio.
- Joe Biden: Tentou reativar o JCPOA sem sucesso.
Recentemente, os EUA bombardearam usinas nucleares iranianas em apoio a Israel, mas a eficácia dessas ações não é clara.
Origens do programa: Lançado por iniciativa americana na década de 1950 durante o discurso de Dwight Eisenhower sobre "Átomos para a Paz".
Eisenhower propôs o uso pacífico da energia nuclear, resultando na criação da AIEA e assistência aos países em desenvolvimento, incluindo o Irã.
Em 1957, os EUA firmaram um acordo com o Irã para uso civil da energia nuclear, que culminou na construção de um reator. O Irã ratificou o Tratado de Não Proliferação, mas as ambições nucleares persistiram.
A Revolução Iraniana em 1979 interrompeu a cooperação nuclear, mas posteriormente o Irã iniciou um programa nuclear secreto.
Sobre o impacto da Iniciativa Átomos para a Paz na proliferação nuclear, especialistas divergem;
- Alguns argumentam que facilitou a transferência de tecnologia.
- Outros destacam que contribuiu para o desenvolvimento de armas nucleares.
No caso do Irã, o futuro do seu programa nuclear permanece incerto após os recentes ataques.