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Como Portugal passou de país estável à 3ª eleição em 3 anos, em meio a acusações de corrupção

Eleições em Portugal ocorrem em meio a escândalos políticos e instabilidade governamental. O primeiro-ministro Luís Montenegro enfrenta investigações e forte pressão da oposição após a queda de seu governo.

Portugal se prepara para eleições legislativas no próximo domingo (18/5), a terceira em três anos, após a queda do primeiro-ministro Luís Montenegro por um escândalo de conflito de interesse ligado à sua empresa de consultoria. A polêmica começou em fevereiro de 2023 e culminou na queda da Alternativa Democrática, coalizão do Partido Social Democrata (PSD) e do Centro Democrático Social (CDS).

Montenegro vendeu suas ações da Spinumviva à esposa e filhos para evitar conflito de interesse, mas o Código Civil português pode considerar a transação nula. A empresa é cliente do grupo Solverde, com o qual Montenegro tinha vínculos como advogado.

O Ministério Público abriu investigação, enquanto partidos da oposição tentaram apresentar moções de censura. Montenegro negou a CPI exigida pelo Partido Socialista (PS) e, por fim, sua moção de confiança foi rejeitada, levando à convocação de novas eleições.

Desde 2022, Portugal tem enfrentado mudanças políticas constantes, incluindo a demissão do socialista António Costa, envolto em investigações de corrupção. O cenário atual aponta uma provável vitória da Alternativa Democrática, com pesquisas indicando 31,5% para AD e 26,5% para o PS.

A direita radical Chega mantém cerca de 18% das intenções de voto, apesar de escândalos recentes envolvendo membros do partido. Montenegro promete não fazer acordos com o Chega, preferindo governar em minoria.

O discurso governamental tem focado em segurança e imigração, destacando a expulsão de 18 mil imigrantes. Essa estratégia visa neutralizar a ascensão do Chega, embora estudiosos aponte que isso pode não resultar necessariamente em uma transferência de votos.

Expectativas para o futuro: Independentemente do resultado, Portugal provavelmente continuará a ter um governo minoritário, necessitando de negociações para garantir estabilidade política.

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