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Como prisão de Bolsonaro pode impactar acenos de Lula e Trump sobre tarifaço

A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro gera reações adversas do governo dos EUA, que critica a decisão do STF. O contexto tenso entre Brasil e Estados Unidos pode dificultar as tentativas de reverter tarifas impostas pelo governo Trump.

Prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) em 4 de agosto, ocorreu durante um momento delicado nas relações entre Brasil e Estados Unidos, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump.

A decisão impactou tentativas brasileiras de abrir canais de comunicação com os EUA para mitigar tarifas de 50% sobre produtos nacionais anunciadas por Trump. No dia 30 de julho, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniu com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, e Trump afirmou que Lula poderia contatar ele quando desejasse.

Entretanto, o governo dos EUA criticou a prisão domiciliar de Bolsonaro, afirmando que "colocar restrições à capacidade de Jair Bolsonaro se defender em público não é um serviço público". O Departamento de Estado já anunciou que responsabilizará os envolvidos na situação.

O governo brasileiro tenta evitar ruídos que possam atrapalhar as negociações com os EUA, enquanto as opiniões de especialistas divergem sobre o impacto da prisão sobre as relações bilaterais.

Retrospectiva: A prisão ocorreu após uma trégua nas ações do STF, onde Moraes havia autorizado operações contra Bolsonaro e restringiu suas comunicações. Estas tensões levaram a uma revogação de vistos norte-americanos para membros da Corte.

Em 24 de julho, Moraes não prendeu Bolsonaro, permitindo que emissários brasileiros tentassem retomar os canais de diálogo com os EUA antes da prisão domiciliar.

Enquanto analistas, como Matias Spektor e Hussein Kalout, divergem sobre a repercussão política, acreditam que a área econômica não deve ser severamente afetada, com os EUA priorizando seus interesses comerciais. As negociações, até agora não iniciadas, seguem como o principal foco das relações Brasil-EUA.

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