Como será prisão de segurança máxima que a França quer construir na Amazônia
População da Guiana Francesa manifesta-se contra a construção de prisão de segurança máxima, relembrando os horrores do passado colonial penal. O projeto, considerado uma forma de brutalidade penal, gerou revolta entre políticos e cidadãos que se opõem à transferência de prisioneiros perigosos para a região.
Guiana Francesa70 mil prisioneiros.
O ministro da Justiça da França, Gérald Darmanin, anunciou construção de uma nova prisão de segurança máxima para combater tráfico de drogas e terrorismo.
A população local se revoltou. O deputado Davy Rimane criticou a falta de consulta aos representantes guianenses e a transferência de prisioneiros indesejáveis, afirmando: "Não somos o lixo da França."
O projeto é defendido pelo ministro do Interior, Bruno Retailleau, que considera necessário enfrentar o crime, mas gera preocupações entre os especialistas.
A nova prisão terá capacidade para 500 detentos e custará cerca de US$ 450 milhões, localizada em Saint-Laurent du Maroni, antiga entrada da colônia penal Ilha do Diabo.
A criminologista Marion Vannier critica a medida, ressaltando a brutalidade penal e os impactos na saúde e reintegração social dos prisioneiros.
A Coletividade Territorial da Guiana e outros deputados denunciam a construção como um retrocesso ao colonialismo e uma réplica da antiga bagne.
A prisão deve ser inaugurada em 2028, mas a forte oposição pode comprometer sua implementação.