Como tarifaços de Trump empurram investidores para a Europa
Negociadores enfrentam pressão para um acordo comercial antes do prazo, enquanto a Europa ganha atenção crescente de investidores. A instabilidade da economia dos EUA e a política tarifária de Trump contribuem para o deslocamento de interesse financeiro em direção à Alemanha e outras nações europeias.
Negociações comerciais em risco: O prazo de 9 de julho para um acordo tarifário entre os EUA e a União Europeia se aproxima, mas ainda não se sabe se a ameaça de sobretaxa de 50% do presidente Donald Trump será efetivada, o que poderia iniciar uma w baixo transatlântica.
As políticas de Trump deixaram investidores cautelosos com a economia dos EUA, enquanto o interesse pela Europa, especialmente pela Alemanha, cresceu. O índice S&P 500 enfrenta oscilações, enquanto o Dax da Bolsa de Frankfurt valorizou-se >15%.
Joachim Nagel, presidente do Banco Central da Alemanha, alertou sobre turbulências nos mercados financeiros, caso a disputa comercial não se resolva. O FMI aponta sinais de esgotamento da economia americana, com uma dívida superior a US$ 36 trilhões, mais de 120% do PIB dos EUA para 2024.
Economistas, como Hans-Werner Sinn, afirmam que os EUA precisam restringir seus gastos, e Ralph Ossa da OMC critica as tarifas como solução inadequada para o déficit comercial.
O interesse dos investidores pela Alemanha tem aumentado, reconhecido pelo chefe do banco estatal de investimentos KfW, que observa uma mudança rápida no clima de investimento. O CEO da Blackstone anunciou investimentos de até US$ 500 bilhões na Europa.
A Comissão Europeia busca fortalecer o mercado comum, visando eliminar barreiras burocráticas e acelerar acordos de livre comércio. A conferência SuperReturn em Berlim, atraindo investidores globais, destaca a crescente atenção pelo continente.
O presidente da Apollo Global Management, Jim Zelter, enfatiza que a Alemanha é uma oportunidade única, prevendo investir US$ 100 bilhões nos próximos dez anos no país.