Como um grupo de doadores bilionários se uniu para criar o ‘MIT do Brasil’
Inteli, uma faculdade de tecnologia em São Paulo, recebe apoio significativo de doadores renomados para formar alunos com foco em liderança e inovação. Com o objetivo de se tornar uma das melhores instituições do mundo, a escola busca transformar a educação no Brasil e promover igualdade de oportunidades.
Painel de doadores no Inteli, em São Paulo, exibe 48 nomes, incluindo Gerdau, Fundação Behring e Instituto MRV. Estas entidades apoiam uma nova faculdade de tecnologia idealizada por Roberto Sallouti e André Esteves, CEO e presidente do conselho do BTG Pactual.
O Instituto de Tecnologia e Liderança, fundado em 2019, busca se tornar uma instituição de destaque semelhante ao MIT e à Universidade de Stanford. O objetivo é aumentar o número de engenheiros formados no Brasil, atualmente dominado por cursos como Direito e Administração.
Com 620 estudantes, o Inteli oferece cinco cursos de graduação e cerca de 160 novos alunos são admitidos anualmente, sendo 80 como bolsistas, custeados em média por R$ 125.000 ao ano.
O processo seletivo inclui provas de lógica, avaliação de histórico e dinâmica de grupo. O modelo "adote um aluno" permite que doadores financiem alunos integralmente, enquanto bolsas menores ajudam em custos específicos.
O Inteli já capta R$ 85 milhões em doações e atende 308 bolsistas com o apoio de 363 doadores. A CEO, Maíra Habimorad, destaca o perfil de doadores que buscam devolver à sociedade.
Alunos como Gabriela Matias revelam o impacto das bolsas, que permitem estágios em empresas renomadas, com aumento médio de 92% na renda familiar após a formação.
O instituto visa alcançar o equilíbrio financeiro em 2024 e planeja expansão até 2030. Sallouti enfatiza que o sucesso será quando ex-alunos assumirem o papel de doadores, garantindo a continuidade da missão.