Como um plano para aumentar diplomatas russos nos EUA traz o risco do ‘retorno’ de espiões
Conversas entre os EUA e a Rússia buscam normalizar relações diplomáticas após anos de expulsões, mas especialistas alertam para os riscos de espionagem. A reaproximação pode oferecer vantagens ao Kremlin, que pode infiltrar agentes sob a fachada de diplomatas.
Governos dos EUA e Rússia discutem a possibilidade de readmitir diplomatas, após anos de expulsões. Especialistas alertam que essa decisão pode permitir a infiltração de espiões russos nos EUA.
No mês passado, representantes dos dois países se encontraram em Istambul para tratar do retorno diplomático, com a presença do cônsul americano. A delegação dos EUA, liderada por Marco Rubio, visou garantir o funcionamento das missões diplomáticas.
O intuito é que essa normalização diplomática possa impulsionar um acordo de paz na Ucrânia, embora especialistas temam que os russos possam explorar essa oportunidade para expandir suas capacidades de espionagem.
A Rússia sofreu expulsões massivas de diplomatas nos últimos anos, com mais de 100 sendo afetados. O número de diplomatas americanos na Rússia diminuiu em 90%, enquanto cerca de 220 diplomatas russos permanecem nos EUA.
Os dois lados enfrentam dificuldades em funções diplomáticas básicas, levando a um desejo de restabelecer a funcionalidade nas missões. A próxima reunião das delegações está prevista após os diálogos recentes.
Especialistas apontam que, enquanto os EUA seguem restrições, os agentes russos operam com mais facilidade no país, potencializando os riscos de uma nova ordem de espionagem. O sentimento dentro da Rússia complica ainda mais as interações entre seus funcionários e americanos.