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Como um setor brasileiro se livrou do pesadelo no auge do tarifaço

Setor de rochas ornamentais respira aliviado com exclusão do quartzito da sobretaxa de Trump. No entanto, a indústria enfrenta desafios com a queda na demanda de granito e mármore, essenciais para as exportações.

Empresas de rochas ornamentais enfrentaram um potencial desafio com o decreto de Donald Trump que impôs uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros.

Exportação do setor é significativa: 75% da produção vai para o exterior, com 65,4% destinada aos Estados Unidos.

Porém, na última quinta-feira (30), houve uma reviravolta: o decreto excluiu o quartzito das tarifas. Esta pedra representa 55% das exportações para os EUA.

Tales Machado, presidente do Centrorochas, afirmou: "Foi um alívio enorme. Metade do problema foi resolvido."

O setor agora redireciona sua produção para o quartzito, mas enfrenta desafios com granito e mármore, que não foram beneficiados.

Machado ressalta: "Dependemos também do granito e mármore para completar o volume total de exportações."

Ele alertou sobre uma queda na demanda que pode levar à falta de material no futuro.

O quartzito mais procurado é o Taj Mahal, extraído no [Ceará](#) e industrializado no [Espírito Santo](#).

A estratégia da entidade agora é tentar remover o mármore, granito e ardósia da lista de produtos tarifados.

Machado destacou que, embora os EUA produzam mármore e granito, não competem com chapas, o que torna a situação ainda mais desafiadora: "75% das nossas exportações de chapas vão para os EUA."

Destino secundário: México, com apenas 6% das exportações, tornando a diversificação difícil.

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