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Como vai ser o julgamento de Bolsonaro no STF marcado para começar em 2 de setembro

O STF realizará o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus nas duas primeiras semanas de setembro, em um caso relacionado a uma suposta tentativa de golpe de Estado. As sessões serão presididas por cinco ministros, enquanto Bolsonaro aguarda a decisão em prisão domiciliar após descumprir medidas cautelares.

Julgamento de Jair Bolsonaro marcado para as duas primeiras semanas de setembro, começando no dia 2. O STF realizará cinco sessões em 2, 3, 9, 10 e 12, para decidir sobre Bolsonaro e mais sete réus do seu governo. Todos negam as acusações.

Os réus, integrantes do núcleo crucial da suposta organização criminosa, são acusados de tentar subverter o resultado das eleições de 2022. Entre eles, estão três generais do Exército e o ex-comandante da Marinha.

  • Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
  • Paulo Sérgio Nogueira - ex-ministro da Defesa
  • Braga Netto - ex-ministro da Casa Civil
  • Almir Garnier Santos - ex-comandante da Marinha
  • Alexandre Ramagem - ex-diretor da Abin
  • Anderson Torres - ex-ministro da Justiça
  • Mauro Cid - ex-ajudante de ordens e delator

Bolsonaro aguarda em prisão domiciliar desde agosto, após descumprir a proibição de se expressar nas redes sociais. Ele está monitorado por tornozeleira eletrônica.

O procura-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação de Bolsonaro por diversos crimes, como tentativa de golpe de Estado e liderar organização criminosa armada.

A defesa de Bolsonaro considera as acusações "absurdas" e afirma que não há provas vinculando-o aos eventos de 8 de janeiro, quando houve invasão das sedes dos Três Poderes. A defesa também pede a anulação da delação de Mauro Cid.

Se condenado, Bolsonaro pode enfrentar mais de 40 anos de pena. Apesar de estar preso, ele pode comparecer ao julgamento, que seguirá após etapas como depoimentos e interrogatórios.

A acusação afirma que a tentativa de golpe começou com uma campanha contra o sistema de votação e culminou nos ataques em Brasília. Bolsonaro admite ter discutido com líderes militares, mas afirma que não cometeu ilegalidades.

Se condenado, é provável que permaneça em prisão domiciliar devido a problemas de saúde, seguindo precedentes.

Antes do julgamento, Bolsonaro estava sujeito a várias medidas cautelares, como uso de tornozeleira e proibição de contato com autoridades estrangeiras.

Eduardo Bolsonaro, que se licenciou do cargo e se mudou para os EUA, tem pressionado o governo americano em relação a sua situação e busca apoio para anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

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