Como Xi Jinping desencadeou uma revolução elétrica na China
A China avança para se tornar a principal potência em energia limpa, reduzindo sua dependência de combustíveis fósseis e dominando a cadeia de suprimentos de tecnologia renovável. Com investimentos massivos e inovações na eletrificação, o país se posiciona estrategicamente em meio a tensões geopolíticas.
Xi Jinping assumiu a liderança do Partido Comunista Chinês no final de 2012, identificando a dependência energética da China de nações estrangeiras como uma vulnerabilidade. Desde então, a China tem avançado em direção à autossuficiência energética e energia limpa, transformando-se no primeiro "eletroestado" do mundo.
A dependência de importações de petróleo e carvão expôs a China a riscos, mas a eletrificação e as tecnologias renováveis estão agora impulsionando sua economia. Setores de energia limpa representaram 10% do PIB da China, contribuindo com 25% do crescimento no último ano.
A China ainda é o maior produtor de gás de efeito estufa, mas avança em eletrificação para reduzir suas emissões. Em 2014, Xi pediu uma revolução energética. Desde então, o país injetou centenas de bilhões de dólares em tecnologia limpa.
Venda de veículos elétricos no país atingiu cerca de 12,5 milhões, superando pela primeira vez as vendas de carros a combustão interna. A expansão da rede ferroviária também contribuiu para a eletrificação, com investimentos significativos previstos até 2030.
Até 2028, a China planeja obter 50% de sua energia de fontes de baixo carbono. A fabricação de tecnologias limpas, como turbinas eólicas e baterias, é competitiva e está reduzindo custos na indústria.
Embora o país busque reduzir o uso de combustíveis fósseis, ainda investe em usinas a carvão. O compromisso da China com metas de neutralidade de carbono ressalta a dualidade de sua política energética.
A crescente indústria da energia limpa da China permite que o país domine as cadeias de suprimentos globais. Desde 2000, entidades chinesas emitiram quase US$ 57 bilhões em empréstimos para garantir acesso a minerais críticos.
A China está expandindo sua influência ao exportar tecnologia limpa e atuar como líder em descarbonização. Em contraste, os EUA priorizam o gás natural, o que pode ser menos econômico em um cenário de eletrificação.
Analisando a crescente potência da China, especialistas levantam preocupações sobre dependência econômica e riscos à segurança nacional. A administração de Xi parece mais bem preparada para lidar com desafios econômicos futuros, ressaltando a resiliência do país.