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Companhias aéreas usam IA para elevar o preço de passagem

Delta Airlines é criticada por uso de inteligência artificial para precificação de passagens; Azul também adota tecnologia controversa. Denúncias sobre violação de privacidade e aumento de tarifas põem empresas na mira de políticos e consumidores.

Um mito persistente sobre o Vale do Silício é que novas tecnologias apenas barateiam produtos da velha economia.

Exemplos incluem Airbnb, Uber e Netflix, que oferecem serviços a preços competitivos sem considerar custos indiretos.

Na última reunião com investidores, o presidente da Delta Airlines, Glen Hauenstein, mencionou a Fetcherr, uma startup israelense de IA que precifica passagens aéreas.

Contudo, Fetcherr e Delta reconhecem que seu sistema possui dois poderes que podem violar leis.

Vale notar que a Azul já utiliza um sistema da Fetcherr desde 2022.

Hauenstein revelou que 3% das passagens da Delta já são determinadas pela IA, com meta de 20% até o final do ano. Ele mencionou anteriormente o uso de IA generativa para oferecer preços individualizados.

Fetcherr se orgulha de ter um sistema que permite uma hiper personalização dos preços, aumentando a receita com base em hábitos de compra e comportamento do consumidor.

O sistema obtém informações continuamente pela internet, semelhante ao ChatGPT. Desde sua fundação em 2019, fornece serviços a diversas companhias aéreas.

A implementação do sistema pode violar normas de privacidade e direitos do consumidor, levando a acusações contra Delta e Fetcherr.

A Delta nega intenções de individualização de preços e afirma que opera com preços dinâmicos há 30 anos.

A Fetcherr removeu publicações em resposta ao escândalo, mas informações foram recuperadas pelo Thrifty Traveler.

No Brasil, a Azul também fala em “maximizar receita” e enfrenta recuperação judicial com dívidas de R$ 34,6 bilhões. Curiosamente, nenhum órgão de defesa do consumidor questionou sua prática de IA.

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