Conclave: Matteo Zuppi, cardeal italiano progressista e diplomata discreto
Matteo Zuppi é uma figura-chave nas negociações de paz entre Ucrânia e Rússia, com um histórico de mediar conflitos globais. Seu perfil progressista e popularidade na Itália o colocam como potencial sucessor do papa Francisco, destacando-se por sua postura conciliadora e compromisso com causas sociais.
Matteo Zuppi, cardeal italiano de 69 anos, é um diplomata discreto e progressista, escolhido pelo papa Francisco para uma missão de paz entre Ucrânia e Rússia.
Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana desde 2022, Zuppi é frequentemente mencionado como potencial sucessor de Francisco. Seu estilo é mais moderado, embora compartilhe da defesa dos desfavorecidos.
Marco Impagliazzo, presidente da comunidade Sant'Egidio, destaca que Zuppi possui paciência e discernimento, essenciais em sua abordagem pacífica.
Comunidade Sant'Egidio, uma ONG com sede em Roma, é chamada de "a pequena ONU de Trastevere", atuando como canal diplomático da Santa Sé.
Nomeado cardeal em 2019, Zuppi é popular na Itália e é conhecido por sua simplicidade, residindo em uma casa para sacerdotes idosos e utilizando bicicleta. Ele destaca seu amor por Jesus, mesmo tendo experimentado o amor romântico na juventude.
Seu trabalho começa antes das seis da manhã e muitas vezes se estende até a meia-noite.
Assim como o papa, Zuppi apoia a acolhida de migrantes e a inclusão de homossexuais, mas é mais flexível em relação à missa em latim.
Considerado um dos "papáveis", compete com Pietro Parolin e Pierbattista Pizzaballa, incluindo-se em uma linhagem de compromisso intercontinental que abrange Rússia, EUA e China em 2023.
Nascido em Roma em 1955, Zuppi tem uma trajetória de mediação política em conflitos como Burundi e Moçambique, e é membro do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.
Ele ressalta: "A Igreja não é uma comunidade de pessoas perfeitas", refletindo sobre os escândalos do Vaticano.