Condomínios virtuais e casas de alto padrão: segurança privada é negociada como luxo em SP

Segurança em bairros nobres de SP: Patrulhas armadas e câmeras inteligentes estão valorizando imóveis em São Paulo. A iniciativa privada tem elevado a demanda em regiões como Cidade Jardim e Morumbi.

Motivações: A associação de moradores da Cidade Jardim contratou carros de segurança e câmeras para reduzir crimes. Solange Melendez, diretora da associação, relatou que a medida aumentou a sensação de segurança.

Condomínios virtuais: Moradores formaram "condomínios abertos", pagando taxas mensais para segurança. Fábio Silveira da imobiliária Tamara Stief destacou o City Boaçava como exemplo.

Impacto nas vendas: A segurança é um critério essencial na compra de imóveis. Alvaro da Fonseca, da Coelho da Fonseca, afirmou que residências bem monitoradas têm maior valorização.

Serviços de segurança: Equipamentos como cercas elétricas e câmeras estão em alta. Marcello Romero, da Bossa Nova, frisou que custos mensais de segurança variam entre R$ 7 mil e R$ 10 mil.

Crescimento no mercado: Vendas de casas acima de R$ 2 milhões aumentaram até 380% em algumas regiões. A empresa Aster, focando em segurança para famílias, oferece serviços de prevenção com vigilância qualificada.

Monitoramento e tecnologia: A empresa Gabriel desenvolveu totens de monitoramento. Mais de 13 mil câmeras estão instaladas, colaborando com a detenção de criminosos.

Legislação e fiscalização: O estatuto de 2024 exige autorização da Polícia Federal para segurança privada. O programa Muralha Paulista conecta dados de segurança pública e privada.

Dados de segurança: A Secretaria de Segurança Pública informou que, nos bairros citados, roubos diminuíram 12,69% e as prisões aumentaram 6,2% no semestre.

Exemplo de sucesso: No Parque Jardim das Perdizes, 60 totens monitoram a região em tempo real, conectados ao banco de dados da SSP-SP, aumentando a eficácia no combate ao crime.