Conflito entre Índia e Paquistão na Caxemira prossegue com mortes e ameaça de escalada militar
Conflito na Caxemira se intensifica com novos ataques de artilharia, resultando em pelo menos 44 mortes. As tensões entre Índia e Paquistão escalam após atentado em abril e bombardeios aéreos.
Conflito na Caxemira: Índia e Paquistão intensificam ataques de artilharia após confrontos violentos nesta quinta-feira, 8. Pelo menos 44 civis morreram - 31 do lado paquistanês e 13 do lado indiano.
Um soldado indiano foi também morto por disparos paquistaneses. Os bombardeios na fronteira marcam uma grave escalada da crise entre os dois países, com origem em um atentado em 22 de abril que matou 26 pessoas na Caxemira indiana.
A região está dividida entre Índia e Paquistão desde 1947 e vive um movimento de insurgência por independência. A Índia acusa o Paquistão de apoiar insurgentes e responsabilizou-o pelo atentado, ameaçando ação militar.
Em 7 de abril, a Índia atacou e destruiu nove "acampamentos terroristas" no Paquistão. O exército paquistanês, segundo sua declaração, derrubou cinco caças indianos, o que não foi oficialmente confirmado por Nova Délhi.
Um ataque aéreo indiano, que atingiu um centro de estudos islâmico em Punjab, resultou na morte de 13 pessoas. O grupo atacado é suspeito de envolvimento em atentados em Mumbai em 2008.
O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, expressou preocupação sobre um possível confronto militar: "O mundo não pode se permitir um confronto entre Índia e Paquistão." O secretário britânico de Comércio, Jonathan Reynolds, ofereceu mediação, e líderes de várias nações, incluindo Donald Trump, pedem moderação.
Além dos conflitos militares, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anunciou a interrupção do fluxo de água para o Paquistão, uma ação considerada por Islamabad como "um ato de guerra."