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Congresso altera regras para emendas, mas texto abre brechas para omissão da autoria de indicações

Congresso aprova novas regras para emendas parlamentares, buscando maior transparência no orçamento público. No entanto, brechas permanecem na identificação dos autores das emendas de comissão, conforme criticado por ONGs e parlamentares.

O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira uma proposta de alteração das regras sobre emendas parlamentares. O acordo foi firmado com o Supremo Tribunal Federal (STF) e visa maior transparência e rastreabilidade na execução do orçamento público.

O texto libera o pagamento de emendas suspensas desde o ano passado e não precisa ir à sanção presidencial, pois trata-se de resoluções internas.

Com a nova regulamentação:

  • Emendas de deputados e senadores devem seguir os mesmos critérios de transparência aplicados às emendas do Executivo.
  • Padronização das atas das reuniões das comissões e bancadas.
  • Criação de planilhas com formato único sobre emendas debatidas.
  • Códigos das emendas e números completos das notas de empenho passaram a ser exigidos.

Entretanto, o texto não cumpre uma recomendação do ministro do STF, Flávio Dino, sobre a individualização dos pedidos das emendas de comissão. O relator, senador Eduardo Gomes (PL-TO), permitiu que as emendas de comissão possam ser indicadas por bancada.

ONGs de transparência criticam a proposta, afirmando que mantêm a ocultação dos autores de proposições. A nota das entidades aponta que essa lógica impede identificar o parlamentar responsável.

A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) e a deputada Adriana Ventura (NOVO-SP) também contestaram as brechas nas novas regras e pediram maior rigor na individualização dos autores das emendas.

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder da maioria no Congresso, defendeu a transparência do parlamento brasileiro e os avanços no processo.

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