Congresso aprova medidas que vão custar R$ 106 bilhões aos cofres públicos neste ano
Desentendimentos entre o Congresso e o Executivo intensificam a crise fiscal, com medidas que aumentam gastos e bloqueiam cortes. Levantamento aponta que o impacto financeiro das ações legislativas pode ultrapassar R$ 100 bilhões este ano.
Conflito entre Congresso e Executivo agrava o desequilíbrio fiscal no Brasil, culminando na derrubada do aumento da alíquota do IOF. Enquanto o governo foca em aumentar receitas, o Legislativo expande gastos, resultando em um impacto de R$ 100 bilhões em 2023.
Estudos indicam que as medidas do Congresso podem levar a R$ 123,25 bilhões em 2024, com destaque para a ampliação do número de deputados e o programa de renegociação de dívidas estaduais, que retirou juros do pagamento. A população enfrenta, assim, o aumento das despesas públicas.
Emendas parlamentares são criticadas, aumentando de R$ 8,6 bilhões em 2014 para R$ 62 bilhões em 2023. Especialistas alertam que a responsabilidade financeira precisa ser compartilhada.
Além disso, as renúncias fiscais e os "jabutis" do setor elétrico podem custar mais de R$ 190 bilhões aos consumidores. O Congresso manteve isenções significativas e expandiu o Fundeb, resultando em custos adicionais de R$ 6 bilhões anuais ao governo.
No Benefício de Prestação Continuada (BPC), as novas regras promovem a manutenção de despesas, com um custo de R$ 121 bilhões nos últimos 12 meses. A proposta de isenção de Imposto de Renda pode resultar em um déficit de R$ 38 bilhões.
Observadores apontam que o cenário eleitoral de 2026 influencia as decisões do Congresso, com o Centro promovendo ajustes na busca por um equilíbrio entre interesses políticos e econômicos.