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Congresso aprova Orçamento de 2025 com três meses de atraso e previsão de R$ 15 bilhões de superávit

A aprovação do Orçamento para 2025, que destina R$ 50 bilhões para emendas parlamentares, fornece ao governo recursos essenciais, apesar das limitações para programas como o Pé-de-Meia. O relator prevê um superávit de R$ 15 bilhões, melhorando a arrecadação do país.

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (20), o texto-base do Orçamento de 2025 após um impasse sobre emendas parlamentares.

Agora, o governo pode utilizar integralmente os recursos previstos para este ano.

O atraso ocorreu devido à exigência de maior transparência na destinação de emendas, conforme solicitado pelo ministro do STF, Flávio Dino.

O relator, senador Angelo Coronel (PSD-BA), projeta um superávit de R$ 15 bilhões, acima da previsão inicial de R$ 3,7 bilhões.

Principais pontos do Orçamento:

  • R$ 50 bilhões para emendas parlamentares:
    • R$ 24,7 bilhões para emendas individuais.
    • R$ 14,3 bilhões para bancadas estaduais.
    • R$ 11,5 bilhões para emendas de comissão.

O relator impediu o governo de cancelar emendas sem autorização do autor, o que agrada ao Congresso.

Pé-de-Meia, programa para jovens de baixa renda, recebeu apenas R$ 1 bilhão, muito abaixo dos R$ 13 bilhões necessários. Um acordo foi feito para incluir o restante ao longo do ano.

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu 120 dias para regularização.

Outras garantias do Orçamento:

  • Salário mínimo de R$ 1.518, reajustado em janeiro.
  • R$ 27,9 bilhões para reajustes de servidores públicos.
  • Recursos para novos concursos, incluindo o Concurso Nacional Unificado (CPNU).

Gastos por ministério e Bolsa Família:

  • Ministério da Saúde: R$ 246 bilhões.
  • Ministério da Educação: R$ 197 bilhões.
  • Investimentos federais: R$ 80 bilhões.
  • Ministério do Meio Ambiente: R$ 4,2 bilhões.
  • Bolsa Família: R$ 159 bilhões, R$ 7,7 bilhões a menos do que o solicitado. Corte usado para ampliar o Vale Gás, que terá R$ 3 bilhões em 2025.
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