Congresso recebeu 61% das críticas nas redes durante embate do IOF
61% das menções nas redes sociais sobre o aumento do IOF foram críticas ao Legislativo, enquanto apenas 11% direcionaram ataques ao governo. A pesquisa da Quaest revela um aumento no engajamento digital entre parlamentares governistas em meio à crise política.
Pesquisa da Quaest, divulgada em 4 de julho de 2025, revela que 61% das menções nas redes sociais sobre o aumento do IOF foram críticas ao Legislativo.
Enquanto isso, apenas 11% atacaram o governo. Menções neutras totalizaram 28%.
Foram analisadas 4,4 milhões de menções sobre o conflito entre os Poderes em plataformas como X (antigo Twitter), Instagram e Facebook, entre 24 de junho e 4 de julho. O assunto alcançou uma média de 32 milhões de contas por hora.
A crise aumentou após o Congresso votar contra a elevação do IOF em 25 de junho. A hashtag #InimigosDoPovo teve mais de 300 mil menções ao Legislativo, com um pico de críticas esta semana a Hugo Motta (Republicanos-PB).
Com uma média de 18 mil menções horárias, esse volume superou episódios políticos recentes, como o esquema de fraudes no INSS e o inquérito sobre a tentativa de golpe de 2022.
Lula foi mencionado em 15% das postagens sobre o conflito, com 45% das citações sendo positivas, 31% negativas e 24% neutras. Isso contrasta com o escândalo do INSS, onde 77% das mencões a ele foram desfavoráveis.
As expressões mais frequentes incluíram “inimigos do povo” (18%) e “Congresso da mamata” (13%). O nome de Motta apareceu em 8% das postagens.
A análise do comportamento dos parlamentares revelou que 119 governistas fizeram 741 publicações, em comparação com 112 opositores com 378 posts. Ambos os lados alcançaram cerca de 1 milhão de curtidas.
O estudo indica que a participação da oposição foi abaixo de 51%, em contraste com crises anteriores, e que os parlamentares governistas demonstraram mobilização ativa em relação ao Legislativo.