Congresso surfa na polarização entre Lula e Bolsonaro para fazer o que quer, ampliando privilégios
Congresso ignora crise e aprova aumento do fundo partidário. Decisões beneficiam parlamentarismo em detrimento de investimentos essenciais ao país.
Congresso brasileiro amplia seus privilégios em meio à polarização política.
Em meio a **críticas a Lula e Bolsonaro**, o Parlamento, sob led de Davi Alcolumbre e Hugo Motta, avança em pautas **corporativistas** que não favorecem o País.
Durante a votação de vetos presidenciais, o Congresso aprovou um aumento de **R$ 164,8 milhões** no fundo partidário, contradizendo a alegação de compromisso com o equilíbrio fiscal.
Os parlamentares também decidiram elevar a conta de luz para beneficiar lobbies de geradores de energia e facilitaram o uso de emendas na saúde para pagar pessoal nas prefeituras, permitindo que R$ 12,6 bilhões do Orçamento sejam usados livremente.
A engorda das emendas continua, com R$ 2 bilhões do orçamento secreto sendo recuperados. O Congresso incluiu itens polêmicos na proposta de isenção do imposto de renda, permitindo gastos sem licitação e favorecendo municípios inadimplentes.
Além disso, um aumento no número de parlamentares já aprovado pela Câmara custará R$ 64,8 milhões em salários e verbas. Os novos deputados também poderão acumular salários e aposentadorias.
Um projeto recente em discussão pretendia reduzir o alcance da Ficha Limpa, facilitando o retorno ao poder de parlamentares condenados.
A Câmara adotou a cláusula Ramagem para limitar investigações, e a perda do mandato não será automática em casos de condenação, priorizando a imunidade parlamentar.
Com a aprovação lenta do orçamento e questões como os supersalários, o Congresso parece mais preocupado com suas vantagens do que com as necessidades da população.