Congresso tem 61% de menções negativas nas redes em embate com governo Lula, diz Quaest
A crise em torno do IOF acirrou as tensões entre Executivo e Legislativo, refletindo nas redes sociais um alto volume de críticas direcionadas ao Congresso. Apesar disso, o governo Lula obteve menos repercussão negativa, indicando uma mudança no cenário político virtual.
Monitoramento do instituto Quaest revela que a disputa entre Executivo e Legislativo atraiu 61% de menções negativas ao Congresso nas redes sociais.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva teve 11% de conteúdos negativos durante a crise do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Ao todo, foram coletadas 4,4 milhões de menções entre 24 de junho e 4 de agosto, com um alcance médio de 32 milhões de contas por hora.
A onda de aversão começou em 25 de junho, após votação contra a elevação do IOF, com a hashtag #InimigosDoPovo gerando mais de 300 mil menções.
Sobre o presidente, 15% das citações tiveram tom positivo. Isto é consideravelmente melhor do que em episódios anteriores, como no escândalo do INSS, onde as menções negativas a Lula atingiram 77%.
Entre as menções à disputa, 18% contiveram a expressão "inimigos do povo" e 13% referiam-se a "Congresso da mamata".
Parlamentares governistas foram mais ativos que a oposição, com 741 posts contra 378 da oposição. Os congressistas de centro contribuíram com 218 posts.
A mobilização ativa da base governista foi responsável por quase 50% dos posts, e a oposição teve uma queda na participação, gerando 31,5% dos conteúdos, abaixo do 51%% em crises anteriores.
O estudo indica que a oposição saiu enfraquecida, enquanto a situação buscou intensificar a crítica ao Congresso.