Conselho da Petrobras aprova volta da estatal à distribuição de gás de cozinha
Petrobras retoma atuação na distribuição de gás de cozinha após três anos fora do mercado. A empresa planeja integrar essa nova estratégia ao seu portfólio de negócios, buscando soluções rentáveis e sustentáveis.
A Petrobras anunciou que retornará à distribuição de gás de cozinha. A decisão foi aprovada por seu conselho de administração na quinta-feira (7) e marca o fim de sua saída do mercado após a venda da Liquigás em 2020.
A nova atuação está no plano estratégico da estatal, com o objetivo de atuar em "negócios rentáveis e parcerias" na distribuição, respeitando as disposições contratuais vigentes.
A Petrobras ainda não revelou como será este retorno, se por meio da venda para grandes clientes ou de botijões para consumidores residenciais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da estatal, Magda Chambriard, criticaram a venda da Liquigás e defendem que a empresa poderia ajudar a reduzir o preço do botijão, que chega a ser vendido a R$ 140 ao consumidor, apesar de ser fornecido pela Petrobras a R$ 37. Lula comentou: "Alguém tá ganhando muito dinheiro."
A Liquigás foi adquirida por um consórcio por R$ 5,3 bilhões, e seus ativos foram distribuídos para aprovar a operação no CADE.
Ambos também criticam a venda da BR Distribuidora (hoje Vibra), argumentando que a estatal perdeu o controle sobre os preços dos combustíveis, embora tenha limitações contratuais.
Enquanto isso, a Petrobras continua vendendo diesel diretamente a grandes consumidores, como indústrias e frotas de transporte.