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Conselho de Ética da Câmara aprova parecer pela cassação de Glauber Braga, que promete greve de fome

Deputado Glauber Braga enfrenta processo de cassação por agressão a militante do MBL. A decisão agora depende da votação no plenário da Câmara, com apoio de aliados e críticas à condução do relator.

Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprova a cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) por quebra de decoro parlamentar.

A decisão ocorreu nesta quarta-feira, após Glauber chutar um militante do MBL em abril de 2024 durante uma discussão. O caso agora será avaliado pelo plenário da Casa e, se aprovado, o deputado poderá ficar 8 anos inelegível.

Militantes de esquerda protestaram contra a decisão. Glauber anunciou que entraria em greve de fome até o fim do processo:

"Vou permanecer nesta sala, no Congresso Nacional, até o fim dos desdobramentos deste processo."

A deputada Luiza Erundina (PSOL-RJ) apoiou Glauber, convidando os militantes a permanecerem no Congresso.

O relatório do relator Paulo Magalhães (PSD-BA) conclui que Glauber abusou de suas prerrogativas e cometeu conduta imprópria.

A discussão com o militante Gabriel Costenaro resultou em empurrões e chutes e foi interrompida por policiais legislativos. Glauber defendeu-se alegando provocação por parte do militante.

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) corroborou as acusações contra Glauber, enquanto o parlamentar atacou o relator por suposta perseguição.

A defesa de Glauber pediu a suspeição do relator, mas o pedido não avançou. A base governista tentou adiar a votação, mas o requerimento foi rejeitado.

Deputados do PSOL mencionaram outros casos de quebra de decoro de parlamentares da direita que não foram julgados, denunciando uma possível perseguição política.

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