Conselho de Ética suspende Gilvan da Federal por três meses por ofensas contra Gleisi

Suspensão do Mandato de Gilvan da Federal

O Conselho de Ética aprovou, por 15 votos a 4, a suspensão do mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES) por três meses. A punição é decorrente de ofensas dirigidas à ministra Gleisi Hoffmann.

Após um acordo, Gilvan não recorrerá da decisão, o que impediria a confirmação da suspensão pelo plenário da Câmara, que exigiria 257 votos de um total de 513 deputados.

A recomendação inicial da Mesa Diretora era de uma suspensão de seis meses, mas foi ajustada. O relator Ricardo Maia (MDB-BA) classificou a decisão como adequada, necessária e proporcional.

A sessão foi marcada por protestos de bolsonaristas, que criticaram o processo como "rito sumário". O prazo de análise era curto, inviabilizando pedidos de vista dos aliados de Gilvan.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) explicou que o pedido de vista não se aplicava ao rito atual, afirmando que o direito de defesa não inclui esse instrumento neste caso.

Gilvan foi acusado de fazer insinuações ofensivas a Gleisi, que foram consideradas ultrajantes e desonrosas. A Mesa Diretora sugeriu a suspensão por considerar que suas falas ofenderam a dignidade da Câmara.

Durante uma reunião, Gilvan mencionou apelidos de políticos ligados à Odebrecht de maneira desrespeitosa. Ao responder, ele reconheceu o excesso e se comprometeu a mudar seu comportamento.

Para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a atitude de Gilvan foi inaceitável, ressaltando que críticas políticas podem ocorrer, mas sem agredições pessoais.