Conselho de Segurança da ONU convoca reunião sobre plano de Israel de ocupar Gaza
Reunião extraordinária será presidida pelo Panamá e abordará preocupações globais sobre a escalada do conflito. Enquanto isso, Israel reafirma seu compromisso com a segurança de seus cidadãos e a luta contra o Hamas.
Reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU está agendada para este domingo (10) para discutir a intenção de Israel de ocupar a Cidade de Gaza, ação que gerou protestos em vários países e foi classificada pelo chefe da ONU, António Guterres, como uma "escalada perigosa".
A reunião, presidida pelo presidente do Panamá, José Raúl Mulino, está marcada para o final da manhã no horário do Brasil. Antes disso, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu fará uma coletiva sobre o plano de ocupação.
De acordo com a agência AFP, a reunião foi solicitada por Dinamarca, França, Grécia, Eslovênia e Reino Unido.
Se o plano for implementado, Israel controlará 85% do território de Gaza, onde atualmente possui 75% de controle. Gaza já é uma das áreas mais densas do mundo, com 2,1 milhões de habitantes.
O representante palestino na ONU, Riyad Mansour, afirmou que os planos de Israel estão em “total contradição com a vontade da comunidade internacional” e chamou a atenção para o risco de mais violência e genocídio.
A missão dos EUA na ONU optou por não comentar antes da reunião. O embaixador de Israel, Danny Danon, afirmou que o país continuará a lutar pela libertação dos reféns, mesmo sob alertas de que isso possa colocar suas vidas em risco.
O plano inclui desarmar o Hamas, trazer de volta os 50 reféns ainda em cativeiro e criar um governo civil sem a participação do Hamas ou da Autoridade Palestina.
A Alemanha, tradicional aliada de Israel, anunciou a suspensão das exportações de equipamentos militares para Tel Aviv que poderiam ser utilizados em Gaza. A União Europeia, França, Reino Unido e Espanha pediram que Israel reconsiderasse seus planos.