HOME FEEDBACK

Conservadorismo e apostas fora da região marcam estratégia de family offices em LatAm

Family offices latino-americanos adotam abordagem conservadora e priorizam ativos tradicionais, com foco na preservação de patrimônio. O relatório do UBS indica um baixo investimento na América Latina e uma preferência por ativos líquidos, refletindo a incerteza econômica na região.

Family offices latino-americanos mantêm estratégias de investimento prudente, com forte preferência por ativos tradicionais. A informação é do UBS Global Family Office Report 2025.

A região é conservadora na gestão de patrimônio:

  • 31% do portfólio alocado em renda fixa, a maior proporção global;
  • Apenas 15% do capital investido na América Latina;
  • 64% direcionado para a América do Norte.

Esse viés deve-se a:

  • Percepções de risco;
  • Profundidade limitada no mercado local;
  • Instabilidade macroeconômica.

Maximilian Kunkel, do UBS, afirma que, apesar da sofisticação, a exposição a ativos alternativos é abaixo da média global.

A região concentra 71% de seus portfólios em ativos tradicionais e apresenta baixa participação em private equity (17%), fundos de hedge (2%) e metais preciosos (1%).

O UBS vê oportunidades de mudança com melhorias regulatórias e desenvolvimento de veículos de investimento mais acessíveis. Se isso ocorrer, a alocação para ativos alternativos pode aumentar.

Embora a maioria busque ativos conservadores, 56% da exposição a ações é gerida ativamente, buscando controle em cenários incertos. Ben Cavalli, do UBS, destaca que as estratégias visam o longo prazo.

Em sucessão, 53% dos family offices globais têm planos formais, refletindo a média regional. O UBS destaca que a transferência de patrimônio será um desafio significativo na próxima década.

No campo da sustentabilidade, a América Latina foca em filantropia, com menos de 20% incorporando critérios de ESG em suas alocações, muito abaixo da Europa.

O UBS acredita que a combinação de educação financeira, padrões internacionais e apoio institucional é crucial para integrar princípios de ESG na região.

Leia mais em bloomberg