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Consignado CLT: troca de empréstimo para outros bancos começa nesta sexta

Trabalhadores contratados no setor privado ganharão mais opções para gerenciar suas dívidas através da nova portabilidade no crédito consignado. O recurso, que pode ser acessado pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital, promete aumentar a concorrência entre instituições financeiras e potencialmente reduzir as taxas de juros.

Início da Portabilidade no Crédito Consignado

A portabilidade para o novo crédito consignado do setor privado começa nesta sexta-feira. Agora, os trabalhadores podem trocar dívidas entre instituições financeiras pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital.

Além disso, é possível realizar a portabilidade de convênios antigos para funcionários com carteira assinada. Anteriormente, a renegociação de dívidas de crédito pessoal sem garantia era permitida apenas pela comunicação direta com os bancos.

O novo consignado, chamado de Crédito do Trabalhador, foi lançado em março e visa recuperar a popularidade do governo Lula. A modalidade está disponível para cerca de 46 milhões de trabalhadores com carteira assinada, antes restrita a convênios bilaterais.

A portabilidade deve aumentar a concorrência e proporcionar melhores condições de empréstimo. Apesar do aumento surpreendente na concessão, as taxas de juros se mantém acima do modelo antigo.

Até o fim de maio, o programa concedeu cerca de R$ 13 bilhões em empréstimos a 2,3 milhões de trabalhadores. Em abril, a contratação total de consignados chegou a R$ 20,5 bilhões.

A concessão do consignado privado cresceu 148% de março a abril. Entretanto, a taxa média de juros aumentou de 44% para 59% ao ano.

O Ministério do Trabalho afirma que as taxas de juros do Crédito do Trabalhador vêm caindo, de 4,35% para 3,43% até o final de maio. Espera-se que a portabilidade ajude a reduzir as taxas, juntamente com a regulamentação do uso da multa do FGTS como garantia, prevista para julho.

O ministro Luiz Marinho comentou que o programa ainda está em fase de implantação. O secretário Carlos Augusto Simões destacou que não faz sentido comparar os juros da nova modalidade com a antiga, dado que agora há mais diversidade de perfis de trabalhadores.

Notou-se que 47,1% dos recursos do Crédito do Trabalhador são destinados a pessoas que ganham até 4 salários mínimos. Em contraste, 68% do crédito antigo ia para quem ganhava mais de 8 salários mínimos.

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BC