Consignado CLT vai evitar superendividamento e não tem a ver com conjuntura, diz Haddad
Ministro da Economia defende novo projeto de consignado privado como solução para superendividamento das famílias. Enquanto isso, economistas alertam para o conflito entre as medidas de estímulo ao consumo e a política de juros alta do Banco Central.
Ministro da Economia, Fernando Haddad, anunciou que o projeto de consignado privado foi desenvolvido ao longo de mais de um ano, visando prevenir o superendividamento das famílias. Ele ressaltou que a iniciativa é independente da atual conjuntura econômica.
Haddad defendeu que é responsabilidade do governo melhorar o ambiente microeconômico. No entanto, economistas criticam a promoção do consumo por meio do novo consignado e da isenção de Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil, em contrapartida à elevação de juros pelo Banco Central.
Durante o evento "Rumos 2025", promovido pelo jornal Valor Econômico em São Paulo, o ministro destacou:
- O consignado privado igualará os direitos de celetistas e servidores públicos.
- É uma medida estrutural, desvinculada das condições econômicas atuais.
- Visará oferecer alternativas às altas taxas de juros do mercado.
Haddad também comentou que a atual modalidade de consignado para trabalhadores da iniciativa privada não permite portabilidade e depende de acordos entre bancos e empresas, excluindo a participação direta do empregado na decisão.