Construir casas e ter uma fazenda: por que os mineiros ainda emigram para os EUA?
Histórias de emigração em Minas Gerais revelam transformações nos perfis dos migrantes brasileiros em busca do "sonho americano". A série do Estadão investiga os desafios, conquistas e a saudade que permeiam a vida dos que deixaram suas famílias em busca de melhores oportunidades nos Estados Unidos.
Histórias de Emigração de Minas Gerais para os EUA
No contexto da emigração de Minas Gerais, destacam-se dois perfis de migrantes: Maria das Graças Estevão e Ruan Filipe Costa.
- Maria das Graças emigrou em 1994 devido à hiperinflação, deixando a família para enviar dinheiro. Voltou após quatro anos, encontrou sua cidade em ruínas e decidiu retornar aos EUA, onde hoje possui uma chácara.
- Ruan Filipe, em 2021, abandonou um emprego na Usiminas e levou a família, buscando enriquecer. Sua experiência foi dolorosa; ele foi deportado após se entregar às autoridades.
A migração de Governador Valadares se transformou ao longo dos anos. Inicialmente, os mineiros buscavam sucesso temporário, mas agora muitos veem os EUA como o destino final.
Entre as histórias, destaca-se Elias Maltaro Barbosa, que emigrou após o atentado de 2001, e Clécio Gama Damascena, que tentou a sorte duas vezes, tendo experiências frustrantes em ambas.
Glaucia, que esperou até 2023 para realizar seu sonho de emigrar, enfrenta desafios ao deixar sua família no Brasil. Sua filha Aline cuida das responsabilidades, sentindo a ausência da mãe.
Essas histórias revelam não apenas as dificuldades e anseios dos emigrantes, mas também o impacto emocional da distância, evidenciado na exposição do artista Ricardo Alves sobre a ausência dos emigrantes como um luto.