Construtora da Novonor, pivô da Lava Jato, volta a adotar nome Odebrecht após recuperação judicial
Após reestruturação financeira, a antiga OEC retoma nome Odebrecht e se reinventa no mercado de construção pesada. Com a redução da dívida, a companhia visa recuperar seu legado e expandir suas operações em diversos países.
O braço de construção pesada da Novonor (anteriormente Odebrecht), enfrentou crise após a Operação Lava Jato em 2014 e agora reverte para o nome tradicional Odebrecht Engenharia & Construção, a partir de 2 de maio.
Histórico: A construtora foi uma das maiores empreiteiras da América Latina até sua debacle. Em 2014, com outras grandes empresas, tornou-se alvo da Lava Jato, investigada por pagamentos de propina relacionados à Petrobras.
A partir da crise, a Odebrecht recorreu a recuperação judicial e enfrentou mudanças de nome. Recentemente, após a reestruturação, sua dívida foi reduzida de US$ 4,6 bilhões para US$ 150 milhões.
Reestruturação: O advogado Eduardo Munhoz afirmou que a reduzida dívida permite a companhia voltar a investir e crescer.
A identidade visual da companhia agora destaca o nome Odebrecht, que foi a base da marca por 37 anos, após quase 6 anos como OEC.
Presença: A Odebrecht continua sendo a maior construtora de obras pesadas do Brasil, com mais de 30 contratos ativos e um backlog superior a R$ 20 bilhões. Está presente no Brasil, Peru, Angola e EUA.
Performance: Em 2023, a receita líquida foi de R$ 4,06 bilhões, destacando Angola (56,7%), Brasil (27,6%) e Peru (9,7%). A empresa registrou um prejuízo de R$ 741,5 milhões.
Rodrigo Villar, diretor de comunicação, ressalta que a nova marca simboliza o foco do Grupo Novonor em engenharia e construção, destacando mais de 3 mil obras em 38 países.
Atualmente: A empresa realiza obras como o Rodoanel Norte em São Paulo, além de projetos significativos em Angola, mostrando sua influência junto ao governo local.