Construtoras propõem ajuste na poupança para liberar R$ 150 bi em crédito
Construtoras propõem ao Banco Central a eliminação de depósitos compulsórios da poupança para liberar R$ 150 bilhões ao crédito imobiliário. A proposta inclui a criação de uma nova linha de redesconto para garantir a liquidez do sistema.
Construção propõe fim dos depósitos compulsórios ao BC
Em meio ao debate sobre um novo modelo de crédito imobiliário, representantes da construção **propuseram** ao Banco Central (BC) eliminar os depósitos compulsórios da caderneta de poupança. Essa mudança visaria liberar recursos para o setor.
A proposta, encaminhada pela Abrainc e pelo Secovi-SP, sugere que os **20% dos compulsórios** sejam utilizados para financiar moradias, injetando cerca de **R$ 150 bilhões** no setor.
Para garantir a liquidez, os representantes propõem que **15% dos depósitos** da poupança sejam assegurados por uma nova linha de **redesconto**, onde o BC emprestaria dinheiro aos bancos, com garantias de títulos públicos.
Luiz França, presidente da Abrainc, destacou que essa mudança eliminará a necessidade do compulsório como regulador, mantendo a liquidez via redesconto.
O BC, por sua vez, busca incentivar os bancos a captar recursos por meio de **Letras de Crédito Imobiliário (LCI)**, permitindo que eles tenham mais liberdade em aplicar recursos na caderneta.
No entanto, as construtoras expressam **preocupação** de que essa estratégia não garanta um aumento efetivo no crédito imobiliário. Ely Wertheim, presidente do Secovi-SP, reforçou que a questão principal é o alto custo do dinheiro.
Data da publicação: 06/08/2025, às 16:30 – Fonte: Broadcast+