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Consultoria de investimentos é o modelo do futuro? Sim, para muita gente

O crescimento das consultorias de investimentos reflete uma mudança no mercado financeiro em direção à transparência e à remuneração fixa. Especialistas apontam que esse modelo deve se consolidar no Brasil, influenciado por experiências internacionais.

A consultoria de investimentos é vista como o modelo do futuro, enquanto a assessoria de investimentos que recebe comissões para distribuir produtos tende a perder espaço. O Brasil assiste a um crescimento expressivo das consultorias, impulsionado pelo debate sobre a transparência na remuneração dos profissionais.

Pedro Araujo, vice-presidente da BlackRock, destacou que o país está vivendo uma tendência já observada em países como EUA e Europa. Ele projetou que, até 2027, cerca de 60% do mercado será de taxa fixa na Europa e EUA, um crescimento significativo em relação a 35% cinco anos atrás.

A regulamentação tornou os mercados de comissões mais transparentes, melhorando a experiência dos clientes. As carteiras dos clientes nas consultorias tendem a incluir mais ETFs (fundos de índice), com uma equipe estruturada sendo essencial para a escalabilidade.

As consultorias, regulamentadas pela CVM, cresceram entre 20% e 30% ao ano desde 2020, somando mais de 500 empresas registradas. Diferentemente dos assessores, que distribuem produtos, os consultores oferecem aconselhamento personalizado e vários serviços como câmbio e tributação.

Patrícia Lima, da Iaas!, afirmou que as consultorias entregam mais valor do que as assessorias, atraindo tanto a alta renda quanto o varejo. Assessores estão migrando para esse modelo, buscando menos conflitos de interesse e uma receita recorrente em tempos incertos.

Contudo, os consultores enfrentam desafios, como:

  • Explicar aos investidores que pagam por ambos os serviços;
  • Dificuldade em escalar o negócio.

Renato Breia, da Nord Investimentos, comentou sobre a mudança nas plataformas, com muitas assessorias migrando para taxa fixa. No entanto, ele alerta que conflitos de interesse nas assessorias ainda são maiores que nas consultorias independentes.

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