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Consumidor americano de café deve sentir impacto do tarifaço em um mês. Como isso afeta o Brasil?

Café brasileiro enfrenta tarifação de 50% nos EUA após fim do prazo de isenção. Setores aguardam impacto no consumo americano e buscam alternativas de mercado.

Encerramento do prazo para exportações: Na quarta-feira, o Brasil perdeu a oportunidade de embarcar mercadorias sem a sobretaxa de 50% definida pelo presidente americano, Donald Trump. Apenas produtos listados entre quase 700 exceções estão isentos.

O café é um dos principais itens afetados e a analista Renata Marconato, da consultoria MB Agro, prevê que os efeitos da tarifa começarão a ser sentidos em no máximo um mês devido ao tempo de transporte marítimo.

Cafés enviados até 5 de setembro pagarão apenas 10% de tarifa, enquanto os embarques a partir de agora enfrentarão um aumento considerável de preço.

Atualmente, o preço da saca de café arábica em São Paulo é de R$ 1.799,43. Mesmo com o aumento, a demanda nos EUA, o maior consumidor mundial de café, deve se manter estável devido à alta renda dos consumidores.

A análise indica que a mistura de cafés consumidos, predominantemente a arábica, pode sofrer alteração, com importações de outros países que tenham tarifas menores.

Os EUA consomem 25 milhões de sacas de café anualmente, importando entre 7,5 milhões a 8 milhões do Brasil. A possibilidade de adaptação do mix de cafés deve ocorrer, sem que haja uma substituição completa do produto brasileiro.

A pressão pela revisão das tarifas pode aumentar, especialmente porque o consumo residencial de café contribui para 1,75% da inflação alimentícia nos EUA. Além disso, a China anunciou a habilitação de 183 novas empresas brasileiras para exportação de café, abrindo novas perspectivas de mercado.

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